O Ser
Marta-Maria
“Serão Martas-Marias: Martas pela atividade, sem
deixarem de ser Marias pelo recolhimento, pela união com Deus”.
O texto de Lucas 10, 38-42, que mais fortemente
perpassou a experiência espiritual dos Fundadores, foi assumido como inspiração
evangélica, dando o toque de originalidade à Espiritualidade das Irmãs
Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida.
Neste texto, percebe-se Marta, por sua vez, dando
importância ao ideal bonito da hospitalidade hebraica, que colocava o hóspede
em primeiro lugar. Porém, a demasiada
preocupação de Marta a levou à inquietação, que tanto impede a pessoa de
alcançar a união com Deus.
Marta e Maria estão dentro de cada pessoa! Ora
vivencia-se mais a dimensão ativa da vida, ora a contemplativa. Há momentos em
que uma ou outra se acentua mais. Contudo, a única coisa necessária, seja na
ação ou na contemplação, é amar profundamente o Divino Hóspede, reconhecendo-o
como Mestre.
Marta e Maria são como dois olhos de um mesmo olhar,
ambos olhando na direção do único Senhor.
O
Divino Hóspede
Para Madre Clara, a missa é a ‘oração máxima’, o maior
tesouro que possuímos na terra. Em consequência, ela convida as Irmãs a fazerem
da Eucaristia o centro de suas vidas: “Façamos do sacrário, com novo fervor, o
centro de nossa vida”.
Jesus eucarístico tornara-se o Divino Hóspede, a
partir da frase de Dom João Becker: “Deixo Nosso Senhor aos cuidados das
senhoras”, fato que marca os primórdios da Congregação. As irmãs tornaram-se
‘Guardas de Honra do Divino Hóspede’. Isto implica celebrar fraternalmente,
como celebração do mistério pascal e como compromisso de missão. O Cristo eucarístico
as convida a atender também outros irmãos, especialmente, os “mais
abandonados”.
Por fim, com a mesma devoção com que comungamos o
Cristo na Eucaristia, precisamos comunga com a vida de nossas coirmãs, na
Betânia, e com os irmãos onde atuamos na missão.
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