Bem que avisaram à tartaruguinha que aquele tartarugo não servia para ela. Mas, na
teima de dizer que já tinha idade suficiente para saber o que fazia, passava horas e horas diante de seu bem-amado, tão liso, tão verdinho e tão diferente dos demais tartarugos que conhecera.
É verdade que ele nada dizia. Aliás, era tão fechado que nem sequer lhe mostrava o rosto. Ficava ali, silencioso, aceitando os carinhos dela, sem se mover nem para frente nem para trás.
- Deixa de ser boba, menina! - dizia a mãe. Não vê que ele não é normal? Se fosse um tartarugo, teria um comportamento no mínimo parecido com o da maioria. Pra mim ele é um simples casco...
E ela brigava, rangia os dentes e se magoava da incompreensão de todos. O que havia demais em gostar de um tartarugo diferente? E daí se ele era paradão e não dizia nada? O que importava isso, se ela o adorava e ele aceitava seu carinho? Nem que ele nunca correspondesse, o importante é que, ao lado dele, ela se sentia bem. E bastava o amor que sentiam um pelo outro.
Dizem que foi assim durante muito tempo, posto que as tartarugas vivem muito. Aquele, sim, era um amor fiel e cego. Nada a demovia de estar ao lado de seu bem-amado. Esperaria o quanto fosse preciso, para que ele correspondesse. O importante era que ela o amava. Nada mais contava...
Esses dias, dizem que a romântica tartaruga morreu de desgosto. Um colecionador de coisas velhas levou seu tartarugo para um museu, não sem um desmaio irrecuperável por parte da tartaruguinha.
Quando viraram seu namorado de costas foi que seu amor cego viu a verdade. Não era um tartarugo... Aliás, estava longe de ser quem ela imaginava.
A teimosinha namorara por mais de cinquenta anos o namorado 'ideal': não falava, não reagia, não exigia nada, não censurava, não criava caso algum. Apenas se deixava acariciar...
Também pudera! Nem poderia ser de outro jeito. Desde quando capacete de soldado fala?...

É verdade que ele nada dizia. Aliás, era tão fechado que nem sequer lhe mostrava o rosto. Ficava ali, silencioso, aceitando os carinhos dela, sem se mover nem para frente nem para trás.
- Deixa de ser boba, menina! - dizia a mãe. Não vê que ele não é normal? Se fosse um tartarugo, teria um comportamento no mínimo parecido com o da maioria. Pra mim ele é um simples casco...
E ela brigava, rangia os dentes e se magoava da incompreensão de todos. O que havia demais em gostar de um tartarugo diferente? E daí se ele era paradão e não dizia nada? O que importava isso, se ela o adorava e ele aceitava seu carinho? Nem que ele nunca correspondesse, o importante é que, ao lado dele, ela se sentia bem. E bastava o amor que sentiam um pelo outro.
Dizem que foi assim durante muito tempo, posto que as tartarugas vivem muito. Aquele, sim, era um amor fiel e cego. Nada a demovia de estar ao lado de seu bem-amado. Esperaria o quanto fosse preciso, para que ele correspondesse. O importante era que ela o amava. Nada mais contava...
Esses dias, dizem que a romântica tartaruga morreu de desgosto. Um colecionador de coisas velhas levou seu tartarugo para um museu, não sem um desmaio irrecuperável por parte da tartaruguinha.
Quando viraram seu namorado de costas foi que seu amor cego viu a verdade. Não era um tartarugo... Aliás, estava longe de ser quem ela imaginava.
A teimosinha namorara por mais de cinquenta anos o namorado 'ideal': não falava, não reagia, não exigia nada, não censurava, não criava caso algum. Apenas se deixava acariciar...
Também pudera! Nem poderia ser de outro jeito. Desde quando capacete de soldado fala?...
(Tirado do livro: A dor que dói na Juventude- Pe. Zezinho, scj)
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